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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A CAIXINHA MÁGICA


        Oito horas e trinta minutos da manhã e mais um dia de trabalho termina como qualquer outro para mim. Caminho rumo ao metrô desejando chegar logo em casa para ver minha família depois de vinte e quatro horas de serviço. Apesar da vontade de chegar logo em casa, consigo "curtir" razoavelmente a minha viagem, pois aproveito e ouço melodias que me falam do amor de Deus, leio a Bíblia, reflito acerca da minha vida, oro e até cochilo nesses, aproximadamente, noventa minutos de viagem de Copacabana até Campo Grande. Mas algo me chamou a atenção dessa vez. Na verdade já havia notado algo do que vou falar aqui, mas dessa vez foi mais contundente a observação, pois ao embarcar no metrô na estação Cantagalo rumo à Central do Brasil observei a quantidade de pessoas hipnotizadas por uma pequena "caixinha mágica" muito interessante chamada Celular.
      Não é de hoje que as pessoas andam, dirigem, atravessam as ruas, conversam, caçam bichos virtuais e até dormem vidradas no celular. Não querendo dar uma de escritor de ficção científica, mas deixando minha mente viajar, acredito que, se o curso da vida continuar assim, dentro de alguns anos teremos uma geração com graves problemas na comunicação e nas relações interpessoais além de polegares ágeis como nunca se viu em outras gerações. Ops! Eu disse "dentro de alguns anos"? Acho que acabei de descrever a geração de hoje.
        Pois bem. Ainda que celulares hipnotizando seres humanos não seja uma novidade eu, ainda assim, parei para reparar. Alguns tinha apenas a visão dominada pelo astuto aparelho, mas outros perdiam os sentidos da visão e audição: os principais sentidos de contato do ser humano. Ainda havia quem dirigisse a visão, a audição e a fala para o celular em uma chamada com vídeo, mas será que se aquela pessoa lá do outro lado estivesse ali com ela ela tiraria os olhos do celular para dirigir-lhe a palavra? Que situação!
        É claro que alguns poucos esquisitões desconectados liam algum tipo estranho de arquivo em forma de bloco operado manualmente denominado livro. Já ouviram falar? O mais estranho desses livros é que são feitos de papel. Quem usa papel hoje em dia em meio ao império da tecnologia? Aliás acredito que esse arcaico papel só não foi inutilizado definitivamente porque ainda não criaram um celular que deixe o ser humano limpo depois de o mesmo fazer suas necessidades fisiológicas. Mas fiquem tranquilos, pois já já inventam algo do tipo.
        Bem, em meio a tudo isso percebi dois casais bem diferentes. Um casal jovem e cada um portava a sua "caixinha mágica" e um casal de velhinhos que se destacavam dos demais passageiros. O casal jovem seguravam na barra de ferro do metrô com uma das mãos e com a outra seguravam o celular. O casal de velhinhos estavam com os braços enroscados sentindo a pele um do outro. O casal de jovens sequer trocavam olhares, pois o celular parecia mais interessante. Mas enquanto o velhinho falava a velhinha o olhava como se ele fosse o "gatinho" mais atraente da escola. O papo dos velhinhos parecia não ter fim e era bem interessante pelo visto. O papo dos jovens também não acabava, mas, sei lá, era estranho, pois o objeto roubava toda a conversa para dentro de si. Havia carinho, romance e "olho no olho" entre os velhinho, mas havia apenas olho na tela entre os jovens. Em um determinado momento algo interessante aconteceu entre os jovens: a mulher tirou o olho da tela do celular e olhou para o homem. Na tentativa de chamar a atenção dele, ela, meio sem jeito deu uma mordiscada no braço dele e sorriu. Ele, olhando de canto ainda para a tela do celular, deu um beijinho de quina na testa dela e voltou ao estado de hipnose. Então ela também voltou. No final, percebi que o casal jovem saiu andando pela estação desejada como dois desconhecidos sem, sequer darem as mãos.
        Não era uma cena incomum no nosso cotidiano, mas me deixou bem pensativo. Até quando vamos perder o melhor da vida por conta de mixarias da tecnologia? Que tipo de futuro teremos se a humanidade de hoje já está assim? As pessoas gastam todo tempo com coisas inúteis e deixam de investir nas amizades verdadeiras, na família e na comunhão com Deus. O tempo vai passar e essas pessoas perceberão quanto lixo absorveram e quantos tesouros perderam, mas, talvez, será tarde demais. Então não adiantará o lamento, pois "de que se queixa o homem? Dos seus próprios caminhos" (Lm 3. 39).


Rodrigo Figueiredo



segunda-feira, 25 de julho de 2016

O novo de Deus

Quero desculpar-me com os leitores e seguidores do blog "Faça Valer a Pena" pela minha ausência. Em breve teremos novas postagens. Por enquanto deixo uma mensagem que ministrei na PIB de Jardim Paulista em Campo grande, Rio de Janeiro - RJ.

Paz de Cristo.


A Graça


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY

Sou um cara que seleciona muito bem os filmes que assiste. Preocupo-me com minha sanidade mental e espiritual, portanto não assisto nada que me deixe perturbado ou seduzido como comédias de baixo nível, filmes com cenas sensuais ou roteiros idiotas e zombarias contra Deus. Preocupo-me com minha família, portanto assisto apenas filmes que possa ver ao lado dos meus filhos sem constrangimentos ou necessidade de mudar de canal. Preocupo-me, também, em não dar audiência para Satanás, portanto não assisto filmes de terror. Sobre filmes de terror, uma pequena observação: Engana-se quem pensa que evito filmes de terror por medo, na verdade as cenas que já presenciei de manifestações demoníacas reais fazem a maioria dos filmes de terror parecerem uma ridícula comédia. Enfim, sei que sou um cara chato para assistir filmes, mas por esses dias eu assisti um que gostei pela mensagem que me passou: "A vida secreta de Walter Mitty".
O filme fala de um cara que viva viajando em seu mundinho utópico pensando em como sua vida poderia ser divertida, ousada e cheia de aventuras, mas sua realidade era bem diferente. Walter Mitty havia experimentado uma infância radical onde era um fera do skate, mas o trauma de perder o pai o fez amadurecer para a realidade de que, agora, ele deveria cuidar da mãe e da irmã. Sua vida radical deu lugar a uma vida quadrada e morna, enquanto o skate e uma certa mochila de viagens que ganhou do pai foram esquecidos devido às preocupações do dia a dia para as quais Walter passou a dar toda a sua atenção. Apesar de ser o gestor de negativos de uma grande revista americana sua vida tornou-se tão medíocre que Walter sequer conseguia aproximar-se da mulher por quem estava apaixonado. Sua vida começa a mudar quando, pressionado e humilhado por um chefe da empresa, começa a procurar por um negativo fotográfico muito importante e, para encontrá-lo, decide pegar a velha mochila de viagens que ganhou do pai para "ganhar" o mundo e encontrar o fotógrafo aventureiro que a tirou. Em suas viagens Walter resgata o garoto radical perdido dentro de si e vive as mais loucas aventuras redescobrindo, então, o sentido da vida. A vida do novo homem Walter Mitty nos passa a seguinte mensagem: "Pare de apenas sonhar e comece a viver".
Ainda que esse belo filme seja apenas um conto baseado em um antigo livro, sua história é bem semelhante com a realidade espiritual de muitas pessoas.
Um dia Cristo disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque dos tais é o Reino dos Céus" (Mt 19.14). Já pararam para imaginar que, pela graça e pela obra de Cristo na Cruz do Calvário, já nascemos com o direito ao Reino dos Céus. Infelizmente quando crescemos permitimos que as preocupações e ciladas da vida nos afastem dessa realidade. Começamos então a viver uma vida medíocre e passamos, então, a sonhar como nossa vida poderia ser uma grande aventura ... se ... não fosse essa triste realidade que vivemos. Criamos, como refúgio, um mundinho interno de sonho para onde fugimos quando não suportamos a nossa realidade. Esquecemos do "skate" e da "mochila de viajante aventureiro" que o Pai nos deu quando ainda pertencíamos ao seu Reino. Esquecemos que a vida pode ser radical e cheia de aventuras e nos submetemos à um chefe arrogante conhecido como Satanás que nos afronta dia e noite. Humilhações, preocupações, derrotas e o peso da repetitiva vida de sofrimentos nos fazem esquecer da essência da pequena criança que era, nada menos do que, dona do Reino dos Céus.
O mais interessante da nossa realidade não é aquilo que se assemelha com a história de Walter Mitty, e sim a grande diferença que há entre a historia dele e a nossa: É que o pai de Walter estava morto e nada podia fazer por ele, mas o nosso Pai Celeste não apenas está vivo, mas Ele próprio é uma explosão de vida que nos convida para o radical e sobrenatural. Há um chamado que ecoa no mundo espiritual e Deus quer que se manifeste no mundo físico: É o chamado de Deus para esses mortos-vivos que cambaleiam por aí em suas vidas medíocres. Cristo não quer que você apenas sobreviva, Ele que que você viva e viva com abundância, e a vida que Ele quer para você é uma vida onde você possa ver, ouvir, sentir e viver experiências que nunca imaginou. Deus quer te mergulhar no sobrenatural e te levar a níveis inimagináveis de experiências com Ele.
Acorde e rejeite essa vida que o mundo tem te oferecido. resgate a criança dona do Reino dos Céus que havia em você e redescubra o sentido da vida. Pare de apenas sonhar ... e comece a viver uma vida radical com Jesus.

Rodrigo Figueiredo



 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

NENHUMA CONDENAÇÃO

Caros irmãos ... estive pensando ...

Existe um sentimento que nos corrói e que faz mal à nossa alma e até à nossa comunhão com Deus; trata-se do revanchismo. Revanchismo é o desejo de ver alguém pagar pelo mal, pecado ou crime que cometeu. No dicionário essa palavra é definida como " Atitude agressiva, inspirada pelo desejo de revanche; de vingança". Esse sentimento seria normalmente compreendido se existisse apenas no coração de pessoas que não seguem os princípios cristãos, mas o que é realmente estarrecedor é a onda de pregações, músicas e comentários revanchistas que crescem como um câncer desenfreado no meio daqueles que afirmam imitar a Jesus. A Bíblia afirma que quantos aos maus e perversos a vingança pertence ao senho (Hb 10.30) e não a nós. Mas esses dias aconteceu uma coisa terrível comigo. Me peguei mergulhado em pensamentos revanchistas afirmando que as pessoas devem pagar por todos os seus pecados sem exceção ainda. Mas sabe o que é pior? Nessa conversa eu estava me referindo a alguém que errou muito, mas reconheceu Cristo como salvador de sua vida e decidiu mudar. Mesmo assim eu achava que essa pessoa tinha acusações contra ela e dívidas a pagar. Então fui confrontado com a pergunta: "Você acha que sofreu todas as consequências dos pecados que cometeu até aqui? Será que, por misericórdia, Deus não te livrou de alguns constrangimentos que você merecia passar?"
Perplexo, notei que a pergunta não havia sido feita simplesmente pela pessoa que me perguntou. O próprio Espírito Santo me confrontava com lembranças de momentos em que chorei pedindo que Deus me livrasse das consequências dos meus pecados. Então um versículo, apenas um, fez desmoronar todo meu conceito revanchista: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica." (Rm 8:33).
Bem ... diante da Palavra de Deus ... só me resta calar ... aprender ... e mudar.
Continua mudando, Meu Pai, tudo o que há de errado em mim.
Obrigado Dione Brum e Suzana Pantaleão por serem instrumento nas mãos de deus para me trazerem ensinamentos lindos.

Rodrigo Figueiredo
Diácono da Ass. de Deus Vitória em Cristo

domingo, 6 de abril de 2014

SOBRE O FILME "NOÉ".

Logo que cheguei em casa após assistir o filme, pensei em escrever um post refutando todas as heresias contidas naquilo que a equipe de marketing afirmava ser "a mais épica de todas as histórias que ganhou vida". No entanto pensei que rebater todos aqueles absurdos que vi e ouvi também seria uma colossal perda de tempo (digo "também" porque só assisti-lo já foi uma grande perda de tempo). Então decidi apenas dizer aos nossos leitores que o filme passa longe, muito longe das narrativas bíblicas e deixa irritado qualquer um que tenha um mínimo de respeito pela Palavra de Deus.
Bem, mas alguém pode perguntar: E para os que já não acreditam na bíblia mesmo? Será que eles achariam o filme 'Noé" um filme ruim? Então tentei me colocar no lugar deles (apenas tentei) e comecei a me imaginar assistindo um filme como "Fúria de Titãs", ou seja, um filme que eu não acredite em absolutamente nada, mas que me sirva de entretenimento apenas pela criatividade do enredo e das cenas de ação. Então, esforçando-me para olhar por um ângulo diferente cheguei à conclusão que o filme fica ainda pior; vou explicar. 
Para começar o figurino utilizado não retrata a época da narrativa, ou seja, a roupa das personagens parece ter saído de um guarda roupas do século XVII enquanto a história narrada deveria remeter-nos a 2400 a.C. aproximadamente. Em segundo lugar a forçação de barra para nivelar o filme com a mitologia grega é grande e incluir na história anjos caídos que, ao serem expulsos do céu caíram em lava vulcânica que, secando, tornou-os em monstros de pedra infantilizou em extremo o público. Continuando posso dizer que o enredo também é confuso, hora mostrando Noé como um pai amoroso hora revelando-o um monstro louco e fora de si querendo matar até os seus. Certa cena me causou grande expectativa em meio a tanta decepção durante todo o filme: Can (ou Cão, como diz a Bíblia) decidiu procurar uma esposa para si, pois não queria sobreviver ao dilúvio e ser condenado a viver sem uma companheira (outro erro grave, pois a narrativa bíblica diz que todos os filhos de Noé já eram casados, mas vou tentar não me lembrar disso e apenas fazer minha crítica à cena). Enfim, a cena tinha tudo para ser um ponto forte do filme mostrando um jovem decidido em uma cena de heroísmo, porém mais uma vez foi frustrante. O jovem Can entra em terreno inimigo e resgata uma linda jovem chamada Nael que chorava ao lado dos cadáveres dos da sua família. Com medo de tudo e de todos devido aos horrores que tinha presenciado, Nael resolve confiar em Can que decide salva-la das mãos dos homens cruéis daquela época. Eles conseguem fugir enquanto a terrível multidão os persegue. Na fuga Nael cai em uma armadilha de caça e morre pisoteada enquanto Can se refugia na arca depois de ter sido ordenado por Noé a deixa-la. Agora, queridos leitores, eu lhes pergunto: Que porcaria de cena foi essa? Uma cena sem propósito que só deixa indignado quem assiste. Mesmo que eu não estivesse cheio das minhas convicções religiosas eu continuaria achando o filme simplesmente horrível.
Poderia continuar citando outras cenas sem sentido, mas não quero mais enfada-los com esse assunto. Aqueles que quiserem tirar suas próprias conclusões fiquem à vontade, mas eu aconselho: não percam seu tempo com essa droga de filme.
Finalizando, direciono-me, agora, aos que amam a Bíblia e respeitam a Palavra de Deus. Fiquem ligados, irmãos, pois esse filme ridiculariza a nossa fé e tente deturpar uma das mais surpreendentes narrativas da Bíblia.
Que Deus abençoe a todos.

P.S. Abaixo o post que publiquei na minha página pessoal na rede social assim que cheguei em casa: revoltado.


Rodrigo Figueiredo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FILHO, O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER? ADORADOR, PAPAI. ADORADOR.

Jonas me surpreende com uma resposta que ele deu diante de um questionamento sobre sua vida. A embarcação era açoitada em meio à tempestade e os marinheiros descobriram que Jonas era o causador da tormenta. Confusos e cheios de medo eles fizeram algumas perguntas para saberem da vida de Jonas. Uma das perguntas foi: "Qual é a tua profissão?". Pergunta que foi respondida de forma, no mínimo, inusitada. Jonas disse: "Sou adorador do Senhor" (Jn 1.9 - NVI). Ora, estamos habituados a ouvir respostas como pedreiro, marceneiro, pescador, engenheiro, militar, médico, etc. Podemos até ouvir alguns dizendo que em sua vida profissional são pastores, pregadores, cantores e até profetas. Mas adorador? Não é comum, mas é justamente isso que torna essa resposta tão formidável.
No dia a dia você não pode dizer-se profissional em tudo. Você pode até jogar uma bolinha, mas isso não fará de você um profissional do futebol como Cristiano Ronaldo. Você pode cantar enquanto toma banho, mas isso não fará de você uma profissional como Mariah Carey. Você pode, ainda, tirar algumas notinhas musicais da sua guitarra, mas isso não faz de você um Joe Satriani. Para se tornar um profissional é necessário dedicação e muita prática; é necessário fazer daquilo a sua vida.
Na adoração não é diferente. Você pode até chegar na sua igreja aos domingos e se ajoelhar para que todos vejam que você ora quando chega. Você pode vestir uma roupa de obreiro e levantar seu queixo enquanto anda. Você pode levantar suas mãos, estufar as veias do pescoço enquanto canta e até derramar algumas lágrimas, mas nada disso fará de você um profissional da adoração.
Com essa resposta Jonas queria dizer que o que o Cristiano Ronaldo faz no futebol, o que a Mariah Carey faz cantando e o que o Joe Satriani faz tocando nem chega aos pés do que ele faz adorando. Ele fazia da adoração a sua vida. Ao levantar e ao deitar; ao respirar e ao transpirar; quando estava bem e quando estava mal; quando tinha de tudo e quando tudo lhe faltava; quando o cenário parecia propício e quando nada lhe dava motivos ele simplesmente adorava.
Dedique-se e pratique; faça disso a sua vida. Não espere uma música comovente ou uma pregação fervorosa. Adore a tempo e fora de tempo. Deixe de ser um amador e passe a ser um profissional.

Que Deus abençoe a todos.

Rodrigo Figueiredo
Diácono da ADVEC