Amigo leitor, é uma honra receber sua visita em meu blog. O meu desejo é que sua vida seja edificada pelas palavras aqui escritas, que são inspiradas na Palavra de Deus. Leia, deixe seu comentário, vote na enquete e assim que for possível estarei respondendo. Que Deus te abençoe.

sábado, 26 de março de 2011

Suor e sangue por um Deus que merece muito mais


Ao olhar para o horizonte o corpo estremecia, pois não havia sinal de local para repouso. O deserto era cruel e o solo irregular tremendamente cansativo para se caminhar. Nos pés surgiam calos e nos ombros feridas por carregar o peso da arca da aliança. Um símbolo da presença de Deus que não se sabe ao certo quanto pesava, mas, pela quantidade de madeira e ouro descritos na Palavra, pesava algo próximo de 100 kg. O peso era dividido com outros levitas, mas a cada passo parecia aumentar. Nas vestes marcas de sangue; na expressão facial o cansaço estampado; nas mãos, calos abertos eram pressionados contra as hastes da arca. Mas, com todas as dificuldades, ninguém queria estar em outro lugar naquele momento. Não se tratava de carregar um peso morto. Era a representação física da presença do Deus que a pouco tempo os havia livrado da escravidão de Faraó. Aqueles felizardos escolhidos para carregarem o artefato mais importante do tabernáculo estavam com seus corações embriagados da presença de Deus, pois viram com seus próprios olhos o mar se abrir para que passassem a pés enxutos. Sobre suas cabeças uma coluna de nuvem os protegia do sol escaldante e os orientava na dura jornada. De noite, diante de seus olhos mortais, o Senhor se apresentava como uma coluna de fogo que iluminava o caminho, aquecia o povo no frio cortante da noite no deserto e os guiava por onde haveriam de seguir. Quando precisavam de água as rochas lhes forneciam; quando precisavam de pão eles surgiam dos céus. Nada poderia ser mais honroso do que dar um pouco de si para quem lhes deu tudo. Mal sabiam eles que Deus os olhava e pensava no dia em que Ele carregaria algo por eles, por todos aquele povo e por toda a humanidade.
No tempo determinado pelo Senhor uma obra, como nenhuma outra, foi realizada. O mesmo Deus que abrira o mar para aqueles homens resolveu fazer o impossível novamente. Ele mesmo se despiu de sua glória, onipotência, onipresença e onisciência, se humilhando até a condição de homem. Na condição de homem Ele realizaria a mais linda missão de resgate da história, pois como a escravidão e a morte chegaram até nós por um homem, também a libertação e a vida nos seriam conquistadas sem poderes divinos. Isso mesmo, Ele abriu mão de seus poderes por um espaço de tempo e na Terra suportou tudo como um mero homem. No dia de se entregar ficou tão nervoso que suou sangue. Ao ser preso suportou todo tipo de humilhação, arrancaram suas roupas, furaram sua cabeça com espinhos, cuspiram e esmurraram sua face até que chegou o momento de caminhar até o local da crucificação. Os levitas carregavam em seus ombros o peso de um símbolo do poder de Deus, mas Cristo, já humilhado, agredido e açoitado, carregava o símbolo de nossos pecados. Os pés feridos e descalços pisavam em pedras pontiagudas; os músculos faziam um esforço descomunal para manter-se de pé; as costas com feridas abertas pelas chicotadas eram ainda mais esfoladas pela rude madeira da cruz e sobre sua cabeça não havia uma nuvem para protegê-lo do sol. O Senhor dos Senhores estava sofrendo por amor. Suportando tudo por todos. Mas como estava em uma natureza humana Ele desmorona e cai. Seus joelhos acertam nas pedras que antes feriam os pés e as feridas das mãos que antes sofriam na madeira agora estão cheias de grãos da terra e a pesada cruz desaba sobre sua cabeça. Então acontece algo de espetacular. Alguém (mesmo que não entendesse dessa maneira) é honrado com a oportunidade de carregar a cruz de Cristo. Um tal Simão. Eu daria o meu braço direito para estar em seu lugar e tenho a certeza de que os levitas que carregavam a arca também dariam. Simão pega a cruz que maltratava a Cristo e coloca em seus ombros. Naquele momento Jesus era o centro das atenções, mas não era o assunto principal apenas na terra; todo o mundo espiritual estava atento ao que acontecia no caminho para o calvário. Todos os seres caídos que se perverteram no caminho de satanás e todos os anjos de Deus, com certeza pararam tudo para ver o ser mais poderoso do universo em sua linda missão de salvar a humanidade. E o que eles viram? Um homem, um certo Simão, que fazia um bem ao criador do universo. Em seguida a oportunidade de Simão chega ao fim e Cristo sofre ainda mais numa morte lenta e dolorosa projetada por mentes maquiavélicas e satânicas. Ao render seu Espírito, o véu se rasga e os cativos são libertos. Liberdade, vida e acesso direto a Ele.
Hoje em dia muitos sequer se esforçam. Ele disse: toma a tua cruz e siga-me. Quantos sentem as dores das cargas dessa vida, mas não suportam e se rendem. Os levitas não se renderam, Simão não se rendeu e Cristo foi até o fim por mim e por você. O senhor realizou uma dolorosa obra por nós e o que nós damos a Ele? Murmurações? Palavras duras? Demonstrações claras de insatisfação? Um dia os levitas chegaram à terra prometida e sua dor cessou. Simão chegou até onde lhe foi permitido e sua dor cessou. O próprio Cristo morreu, ressuscitou e seu momento de sofrer cessou. Para os que se deixaram vencer nessa vida existe um lugar onde a dor não cessa, mas aos que vencerem, aos que não largarem no chão a arca da aliança, aos que não abandonarem sua cruz, está reservado um lugar onde não haverá mais lágrima, nem dor, nem qualquer tipo de sofrimento. Não desista, prossiga. Não se entregue, resista. Pois Ele fez e faz por você muito mais do que você pode fazer por Ele. Derrame seu suor e sangue por um Deus que merece muito mais.

Que Deus abençoe a todos.






Texto: Devocional
Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembléia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Uma mensagem por dia e a cada dia um renovo.


O apóstolo Pedro andava por sobre o mar quando resolveu tirar os olhos de Cristo para observar o que estava ao redor. No momento em que percebeu as fortes ondas, as rajadas de vento, relâmpagos e trovões ele sentiu-se tão pequeno que começou a sucumbir. quando o mar revolto estava prestes a tragá-lo, uma mão o trouxe à tona e o salvou.
Existem momentos na vida em que buscamos firmeza espiritual; uma ferrenha batalha travada entre  a nossa consciência do que é certo e os famosos e perturbadores desejos da natureza humana. Em determinados momentos temos a sensação de que nunca vamos vencer nossos próprios desejos, pois fazem parte do que somos, são próprios da natureza pecaminosa na qual nascemos. Ao olharmos em roda percebemos que os "mundo", sistema criado e dirigido por satanás, é muito organizado, tudo muito bem arquitetado para nos impedir de alcançar nossa meta que é a santificação. O bombardeio em nossas mentes é tenebroso e para onde olhamos nos deparamos com tudo aquilo que nosso ser mais deseja. Constantemente somos cutucados na parte mais sensível de nossas feridas abertas e temos a certeza de que esta guerra é injusta e que nós estamos perdendo. Mas se existe algo de muito precioso que aprendi na minha busca por Deus é que Ele é o maior peso nessa balança e quando pensamos que a batalha é injusta Ele trata de equilibrá-la. Ele é quem estende a mão para nos salvar quando estamos afundando, pois disse em sua Palavra que não nos daria prova acima do que podemos suportar e que nos daria, ainda, um escape. Quando o inimigo nos bombardeia, o Senhor contra ataca com armamento muito mais pesado. Quando uma imagem deixa nossa mente perturbada e já inclinada para o mal, Ele faz com que nos lembremos de sua Palavra. Quando ouvimos algo que causa em nós uma vontade abrupta de cometer uma iniquidade, Ele nos faz ouvir um louvor que acalenta nossos corações e aplaca a tempestade que já estava formada. Quando nos sentimos fracos, como se as forças do mal tivessem nos sugado como um parasita, Ele usa um de seus servos para nos dizer algo que nos renove as forças. Se o inimigo tem o golpe, Ele tem o contra golpe. Se o inimigo tem uma arma, Ele nos dá um escudo à altura. Se o inimigo parece forte, Ele é o criador e detentor de toda força. Se o inimigo insiste, Ele nos dá forças para resistir e se nós resistimos, Ele reconhece nosso esforço e faz de nós uma potência em suas mãos.

A cada dia a batalha se levanta e cada dia se torna mais cruel, mas todos os dias o Senhor tem uma solução. Todos os dias Ele tem um escape. Seja através de uma música, ou de uma pregação, ou de um livro e principalmente de uma leitura bíblica; para cada dia Deus tem uma saída. Uma mensagem por dia e a cada dia um renovo para nossas vidas.

Que Deus abençoe a todos.



Texto: Devocional
Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembléia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.


domingo, 20 de março de 2011

Adolescentes e diamantes.





Rebeldes, irreverentes, infantis, desobedientes, sonsos, fogem de suas responsabilidades e não querem nada com Deus (calma, adolescentes; isso não é o que eu penso de vocês). Esses são alguns dos comentários mais comuns que ouvimos quando o assunto em foco é a adolescência. Uma fase da vida um tanto conturbada e muitas das vezes não compreendida. Todos passam por essa fase, mas parece que alguns fazem questão de esquecer que um dia foram adolescentes e não fazem  o mínimo de esforço para compreender e ajudar. Outros querem que todos os adolescentes do mundo sejam perfeitos e amadureçam num estalar de dedos. Mas não é bem assim que acontece. 
A transição da infância para a fase adulta não é uma das mudanças mais tranquilas na vida do ser humano. As mudanças são físicas, mentais e espirituais. O principal a ser observado é que nenhuma mudança na vida acontece sem transtornos. Não é tão simples controlar um corpo em mutação com hormônios explodindo a flor da pele; uma mente cheia de sonhos, decisões a tomar e dúvidas; sentimentos confusos; medos e incertezas. Sem contar a enorme habilidade natural que todo adolescente tem de fazer uma tempestade em um copo d'água. Mas, com todos os intempéries da idade, um adolescente não deve ser encarado como um poço de problemas. Na verdade são muito mais do que isso. São como um raro diamante que precisa ser lapidado.

Em minha vida secular trabalho com fabricação de jóias e em dez anos de experiência no ramo aprendi que o diamante é uma pedra que tem características tremendamente significativas, por isso os comparo a adolescentes. A dureza é a característica que faz com que o diamante não seja arranhado por nada, a não ser por outro diamante. Além disso o diamante é um excelente condutor térmico, ao passo que é um ótimo isolante elétrico e é tremendamente resistente à reação do pior ácido que exista.




Assim como o diamante o adolescente não é tão fácil de ser lapidado, mas, se lapidado de maneira correta, torna-se-á uma linda jóia que não será facilmente arranhada. Como um diamante conduz o calor com facilidade, um adolescente bem trabalhado e aquecido pelo Espírito Santo será um tremendo instrumento nas mãos de Deus conduzindo todo esse calor espiritual. Um adolescente bem estruturado suportará os choques da vida como um bom isolante e não descontará seus problemas pessoais em alguém e, por fim, resistirá o mais terrível ácido do maligno, não reagindo com as "delícias" propostas por Satanás e não permitindo que isso abale sua estrutura cristã.
Não pretendo, de todo, tirar a responsabilidade de seus ombros,mas adolescentes não devem ser apenas criticados e massacrados, pois são apenas  diamantes brutos. Aqueles que realmente devem ser analisados e avaliados são aqueles que têm a missão de transformá-los em jóias, ou seja, os lapidários, que somos nós; pais e líderes.



Que Deus abençoe a todos.








Texto: Opinião
Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembléia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.




sábado, 12 de março de 2011

O papel do cristão no seio da família.

É cada dia mais comum encontrarmos com pessoas que passaram pela triste experiência do divórcio. Tragicamente, pessoas que se casam dentro dos padrões bíblicos e que conhecem a Deus e sua poderosa Palavra também estão se divorciando como se essa fosse a atitude mais normal do mundo. A mais importante instituição criada por Deus na face da Terra: a família; e o segundo maior voto de aliança que um homem pode fazer: o matrimônio (ficando abaixo apenas do ato de aceitar a Cristo como salvador); estão sendo banalizados e tremendamente bombardeados. Mas por que tantos problemas no seio da família? Por que é tão difícil ter um casamento abençoado? Por que muitos pais não sabem como lidar com seus filhos e muitos filhos não suportam seus pais? A resposta é simples: Porque não seguem os padrões que Deus estabeleceu para uma família equilibrada. A família deve ser um porto seguro, um ambiente agradável para seus membros onde encontrem prazer, descanso, segurança e amor. É claro que, devido ao pecado e à natureza falha do ser humano, não existe uma família sequer que não tenha momentos de ajustes e situações estressantes pela qual tenha que passar, mas, se seguirmos os padrões divinos, certamente evitaremos que nossa casa vire uma caricatura do inferno. 
Afinal, que padrões são esses? Qual é o papel do marido, da esposa, dos pais e dos filhos no seio da família? Vejamos o que a Bíblia diz em Ef 5; 22-33 e 6; 1-4
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja; sendo Ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 -  Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra, 
27 - Para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à Igreja; 
30 - Porque somos membros do seu corpo.
31 - Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. 
 32 - Grande é este mistério: Digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja.
33 - Assim também vós cada um em particular ame sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 - Honra a teu pai e à tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
3 - Para que te vá bem, e viva muitos dias sobre Terra.
4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
O papel da esposa





Alguns movimentos feministas tentam incutir na mente das mulheres que sujeitar-se a seus maridos é tornar-se escrava. Tentam provar que a sujeição é uma atitude reprovável, arcaica e uma demonstração de fraqueza. Mas se existe algo lindo que sei sobre a doutrina bíblica é que ela é supra-temporal, ou seja, os ensinamentos bíblicos expressam a vontade eterna de Deus que nunca muda. A Palavra de Deus está acima do tempo e nunca fica ultrapassada. Ninguém é obrigado a obedecer uma ordenança divina, mas pra cada atitude nossa encontraremos uma consequência e a consequência da desobediência é uma vida de derrotas e cheia de brechas para a atuação satânica. A Bíblia é bem clara: a mulher deve se sujeitar ao seu marido assim como a Igreja se sujeita a Cristo. Essa não é uma palavra dos homens; é a Palavra de Deus, queiram os movimentos feministas ou não. Mas o que significa sujeitar-se afinal?


  • Sujeitar-se é submeter-se a autoridade do marido
    • Ef 5; 24 → De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
    • Gn 3; 16 → O teu desejo será para o teu marido e ele te dominará.
    • I Sm 15;23 → Porque a rebeldia é como pecado de feitiçaria.
  • Sujeitar-se é estar sensível às necessidades
    • Pv 31; 12 → Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias de sua vida.
E se o marido não for Cristão? E se ele for um homem perverso? 
Notem que a Palavra de Deus não afirma: " vós mulheres sujeitai-vos a vossos maridos quando eles forem homens bons". A Palavra diz: Sujeitai-vos a vossos maridos. Se o marido não é um homem de Deus certamente a missão da mulher será mais árdua, mas Deus deixa uma sublime esperança em I Co 7; 13-14 quando o apóstolo Paulo, usado por Deus, afirma que uma mulher santa pode santificar seu marido, ou seja, o homem perverso pode ser conquistado para Cristo pelo porte exemplar de sua esposa (I Pe 3;1).  Uma mulher que com seu exemplo ganha seu marido para o Senhor certamente é uma mulher muito sábia (Pv 14; 1).

O papel do marido

Se alguém afirma que o texto bíblico que ordena que a mulher se submeta ao seu marido é um texto duro e pesado é porque essa pessoa não leu o texto que fala sobre a responsabilidade do homem no seio da família. Com o homem, sim, Deus pegou muito pesado. Porque ele não apenas ordenou que o homem ame sua esposa, mas ame como Cristo amou a igreja. Você já parou para observar o que Cristo suporta da Igreja? Ele concede saúde e os homens usam essa saúde para tudo, menos para sua obra. Ele concede bens materiais e os homens tornam-se avarentos e egoístas. Ele concede uma boa aparência e um vigor jovial e muitos enveredam pela prostituição. Ele abençoa e dá livramentos e mesmo assim murmuramos do menor problema. Jesus aguenta tanta coisa com paciência e amor e com todas as nossas falhas Ele sempre está pronto a nos ouvir, perdoar e curar nossas feridas. Quantos maridos abandonam suas mulheres por muito menos. Mas aqueles que verdadeiramente amam a Deus e querem fazer a diferença nessa geração devem obedecer o mandamento que diz: Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Vejamos como Cristo amou a Igreja, pois assim saberemos como um marido deve proceder.
  • Cristo amou a Igreja levando suas cargas (Muitos maridos colocam fardos pesados sobre suas esposas)
    • Mt 11; 28 → Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
    • Is 53; 4 → Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si.
  • Cristo amou a Igreja Ensinando-a a Palavra (Muitos maridos reclamam de suas esposas, mas não ensinam a elas o que está na Palavra)
    • Ef 5; 26 → Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra
    • Mt 5-7 → Jesus ensinando a Palavra à Igreja no famoso sermão da montanha.
  • Cristo amou a igreja perdoando (Muitos maridos se dizem homens de Deus, mas são incapazes de perdoar suas esposas)
    • Lc 23; 34 → Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
    • I Jo 1; 9 → Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar.
  • Cristo amou a Igreja dando a sua vida
    • Ef 5; 25 → Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela.
    • Hb 9; 14 → Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.
Sujeitar-se nem sempre é tão fácil, mas difícil mesmo é amar como Cristo amou. Não se trata de um amor qualquer. Nem o amor de um pai, de uma mãe ou de um irmão pode se comparar com o amor de Cristo. O dever do marido é amar sua esposa seja ela quem for. A Bíblia não manda amar a penas a esposa que faz por merecer, mesmo porque nenhum de nós merece o amor de Cristo. Se a esposa é uma mulher sem sabedoria alguma é dever do marido amá-la  e santificá-la (I Co 7; 14) levando suas cargas, ensinando-a a Palavra, perdoando todas as suas falhas por piores que sejam e dando a própria vida por ela.

O papel dos filhos

Certa vez presenciei um homem de quase 100 anos e com uma saúde incrível de modo que nem óculos ele usava responder a uma pergunta. Na frente de toda a igreja o pastor lhe perguntou qual era o segredo para ser abençoado daquele jeito; e ele respondeu: Honra a teu pai e à tua mãe para que te vá bem e se prolonguem os seus dias na face da Terra.
De que adianta viver muito, mas sofrer a vida inteira? Ou de que adianta ser tremendamente próspero e morrer na flor da idade? Honrar pai e mãe é o primeiro mandamento divino que vem acompanhado de promessas; tamanha a importância que Deus dá a essa atitude. Mesmo que os pais sejam os piores pais da face da Terra o filho que ama a Deus acima de todas as coisas deve orar por eles, perdoa-los, falar-lhes com sabedoria e mansidão e calar-se quando necessário. Essa postura que pode nunca vir a ser reconhecida por eles certamente será reconhecida por Deus que derramará todas as suas bençãos sobre tal filho.

O papel dos pais

Quão conturbada tem sido a relação entre muitos pais e filhos. O mais triste em toda essa situação é que muitos pais, quando vêem sua relação com os filhos desmoronar, se esquivam, dizem que não têm culpa, que fizeram o que podiam e que estão entregando os filhos nas mãos de Deus. Um erro grave, pois se a culpa não é dos pais, que são os únicos verdadeiramente responsabilizados por Deus para instruir o filho (Pv 22;6), então de quem é a culpa? De Deus? E será que esses pais fizeram mesmo tudo o que podiam? Uma das mais lindas características de um pai é nunca desistir de sua cria. E não adianta dizer que entrega nas mão de Deus, pois quem entregou foi Deus nas mãos dos pais no dia em que foi concebida uma vida no ventre da mãe. Um filho só deixa de ser responsabilidade dos pais no dia da morte dos pais ou do filho. Então o que os pais devem fazer? Qual é o padrão divino para os pais?
  • Não provoqueis a ira a vossos filhos.
    • Pais reclamam que filhos não querem compromisso com Deus e que são filhos rebeldes, mas de quem será a culpa? Alguns erros são muito comuns e que causam ira nos filhos e essa ira torna-se um bloqueio tremendo na hora de incutir no coração do menino os ensinamentos divinos. Vejamos alguns erros cometidos por pais.
      • Acepção de Filhos (Gn 25; 28) → Isaque amava Esaú e Rebeca amava Jacó. Devido a acepção de filhos satanás encontrou ocasião para semear mentiras, traições, enganos, ira e medo no seio da família de Isaque. Se Deus não faz acepção entre seus filhos (At 10; 34), porque muitos pais privilegiam a um filho e depreciam a outro? Isso causa muita ira no coração de um filho.
      • Falta de respeito, sensibilidade e humildade (I Tm 3; 4 b) → Em que trecho da Palavra de Deu está escrito que os pais devem se seres que nunca erram, que não choram e não podem pedir perdão? Muitos filhos sofrem com pais que não reconhecem seus erros e são incapazes de olhar nos olhos dos filhos e pedirem perdão. A Santa Palavra afirma que um pai deve agir com toda modéstia (I Tm 3; 4 b) sendo sensíveis às necessidades dos filhos, respeitando-os como seres dotados de sentimentos e sendo humildes para reconhecer seus erros, pois todos somos falhos. Pais arrogantes causam muita ira no coração dos filhos.
      • Exigências de mais e exemplo de menos (Tt 2; 7) → As pessoas se admiravam de Cristo porque Ele era diferente dos líderes espirituais daquela época. Jesus tinha sua autoridade reconhecida (Mt 7; 29) porque pregava o que vivia, ou seja, dava o exemplo. Muitos pais são como os farizeus e saduceus da época de Cristo, que colocam fardos pesados em seus filhos, mas eles mesmos não os carregam. Exigem, mas não dão o exemplo; falam, mas não fazem. Como querem ser respeitados dessa maneira? Falta de exemplo causa muita ira no coração de um filho.
  • Mas criai-os na doutrina
    • Pv 22; 6 → Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.
    • Pv 13; 24 → O que retém a sua vara aborrece a seu filho; mas o que o ama, a seu tempo o castiga.
    • Pv 19; 18 → Castiga a teu filho enquanto há esperança.
    • Pv 22; 15 → A tolice está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele.
    • Pv 29; 15 → A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.
    • Pv 23; 13 → Não retires a disciplina da criança; porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá.
    • Pv 23; 14 → Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Se os membros de uma família cuidarem de cumprir o Deus tem ensinado certamente essa família será o que há de mais próximo do céu na Terra. E se em cada casa do planeta houvesse pelo menos uma pessoa desejando cumprir todos os planos de Deus para a família, a humanidade estaria em uma situação bem diferente. 

Que Deus abençoe a todo. Que Deus abençoe a família.





Texto: Estudo teológico / devocional
Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembléia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.


quinta-feira, 3 de março de 2011