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quarta-feira, 14 de março de 2012

CRISTO AO LADO


Quando o juiz bateu o martelo parecia que o céu inteiro estava caindo sobre sua cabeça. Ele não era inocente. E não era mesmo, mas, com certeza, não queria morrer. Muito menos morrer de forma tão brutal. Todo o seu corpo estremeceu quando um soldado romano disse: Chegou a sua hora. Tantas injustiças, tantos crimes eram cometido no mais alto escalão do império romano, até sacerdotes hebreus, que deveriam ser exemplos, manchavam de sangue seus ministérios, mas por que só ele deveria morrer. Um misto de rancor, ódio e medo se apoderava dele. Sem falar no angustiante vazio causado pela falta de esperança acerca do que viria após a morte. “O que será de minha alma? O que me aguarda? Não pensei muito sobre isso durante minha vida medíocre”. De repente jogaram em suas costas uma grossa barra de madeira. Tratava-se do braço horizontal da cruz onde ele seria preso de forma humilhante e dolorosa. Era como carregar seu próprio caixão, só que muito pior.
Havia um outro criminoso à sua retaguarda, porém havia um alvoroço à sua frente e ele não podia acreditar que tanta gente estava reunida p/ ver dois criminosos miseráveis. Quando observou bem percebeu que ele não era o centro das atenções. Pouco mais à frente cuspiam e esmurravam um homem que não carregava apenas um braço de sua cruz. Além de carregar a cruz inteira, levava uma coroa de espinhos em sua cabeça, suas costas estavam esfoladas por açoites e seu rosto desfigurado pelas bofetadas. Perguntou a um dos soldados sobre qual era o crime daquele homem e foi respondido de forma áspera com um sonoro "não sei". Observou que uns gritavam que fosse crucificado e outros choravam e pediam por ele. Cuspes, socos, ofensas, legumes podres, olhares e lágrimas; tudo estava direcionado àquele homem. Curioso para saber quem era esse homem que despertava ódio em uns e amor em outros ficou atento aos comentários e gritos da multidão. Uns gritavam: “É esse que se dizia Filho de Deus?” Enquanto outros clamavam: “Vocês não têm temor de Deus? Este homem só fez boas obras; milagres da parte do Senhor”. Então lembrou dos últimos comentários que ouvira em sua cidade antes de ser preso. Comentários de que um grande operador de milagres andava pregando por ali. Uns diziam que era um grande profeta, mas outros afirmavam que se tratava do messias, o Filho de Deus. Mas, afinal, qual era o seu crime? Continuou seu duro caminho rumo à morte sem encontrar resposta para essa questão até que, por fim, chegaram ao local da condenação.
Cravaram grandes pregos em suas mãos. Notou que, o mesmo, fizeram com aquele que chamavam de Mestre. Cravaram, também, grandes pregos em seus pés e quando olhou estavam fazendo o mesmo com aquele que chamavam de Cristo. Mas o que mais impressionava é que aquele homem não praguejava ou murmurava, muito pelo contrário, reunia suas forças para dizer: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. E ao erguerem as Três cruzes, a dEle estava ao centro. Muitos zombavam dizendo que se fosse realmente o Filho de Deus teria poder para sair daquela situação. Sua mente, um tanto perturbada, o levou a participar da zombaria por um momento, mas logo parou, pois algo o incomodava. Uma pergunta ecoava em seus pensamentos: “Qual foi o crime deste homem? Por que Ele está nessa cruz?”. Então observou uma placa que colocaram acima dEle em sua cruz que dizia: Este é o Rei dos Judeus. No momento de maior angústia de sua vida miserável, aquela mensagem explodiu em sua mente como uma divina revelação. Fez com que ele se lembrasse de suas aulas na sinagoga, antes de escolher o mundo do crime quando ainda era menino, onde ele aprendeu sobre o amor de um Deus que nunca abandonou seu povo dando sempre livramento quando o mesmo se arrependia de seus feitos pecaminosos. Lembrou da mensagem do profeta Isaías que falava de um messias que pagaria pelos pecados dos homens. Lembrou que Davi falou sobre uma multidão que se voltaria contra o ungido do Senhor. Então, perplexo, chegou à conclusão de que aquele homem não estava ali por algum crime seu, mas pelo crime de todos. Entendeu que não o prenderam, Ele se entregou. Acreditou que estava diante de ninguém menos que do responsável pelo destino de toda a humanidade. Mas por tudo que já tinha feito de errado não tinha coragem de pedir a salvação de sua alma, mas, crendo que aquele homem desfigurado pelas agressões era justamente aquele cordeiro mudo sem parecer nem formosura que as Sagradas Escrituras falavam e, aproveitando aquela nova e diferente chama de esperança que nascera em seu coração, pediu apenas para não ser esquecido na eternidade; “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Era tudo o que Jesus queria ouvir naquele momento e, mergulhado num mar de sofrimento a beira do abismo da morte, aquele homem pode ouvir a palavra que mudaria o destino de sua alma: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Aquele criminoso estava vivendo o pior e mais angustiante momento de sua vida. Estava a um passo de uma morte cruel e de um destino horrendo para toda eternidade. E o pior: Ele sabia que era culpado, sabia que estava ali por seus crimes e isso martelava brutalmente em sua consciência. Mas naquele momento, justamente naquele momento, Cristo estava logo ali, ao lado, pronto para mudar todo o curso de sua história.
A situação não é diferente hoje, pois Jesus não mudou. Portanto quando tudo der errado e absolutamente nada estiver ao seu favor, lembre-se: Cristo está ao seu lado. 


Que Deus abençoe a todos.


Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembleia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.