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sábado, 26 de março de 2011

Suor e sangue por um Deus que merece muito mais


Ao olhar para o horizonte o corpo estremecia, pois não havia sinal de local para repouso. O deserto era cruel e o solo irregular tremendamente cansativo para se caminhar. Nos pés surgiam calos e nos ombros feridas por carregar o peso da arca da aliança. Um símbolo da presença de Deus que não se sabe ao certo quanto pesava, mas, pela quantidade de madeira e ouro descritos na Palavra, pesava algo próximo de 100 kg. O peso era dividido com outros levitas, mas a cada passo parecia aumentar. Nas vestes marcas de sangue; na expressão facial o cansaço estampado; nas mãos, calos abertos eram pressionados contra as hastes da arca. Mas, com todas as dificuldades, ninguém queria estar em outro lugar naquele momento. Não se tratava de carregar um peso morto. Era a representação física da presença do Deus que a pouco tempo os havia livrado da escravidão de Faraó. Aqueles felizardos escolhidos para carregarem o artefato mais importante do tabernáculo estavam com seus corações embriagados da presença de Deus, pois viram com seus próprios olhos o mar se abrir para que passassem a pés enxutos. Sobre suas cabeças uma coluna de nuvem os protegia do sol escaldante e os orientava na dura jornada. De noite, diante de seus olhos mortais, o Senhor se apresentava como uma coluna de fogo que iluminava o caminho, aquecia o povo no frio cortante da noite no deserto e os guiava por onde haveriam de seguir. Quando precisavam de água as rochas lhes forneciam; quando precisavam de pão eles surgiam dos céus. Nada poderia ser mais honroso do que dar um pouco de si para quem lhes deu tudo. Mal sabiam eles que Deus os olhava e pensava no dia em que Ele carregaria algo por eles, por todos aquele povo e por toda a humanidade.
No tempo determinado pelo Senhor uma obra, como nenhuma outra, foi realizada. O mesmo Deus que abrira o mar para aqueles homens resolveu fazer o impossível novamente. Ele mesmo se despiu de sua glória, onipotência, onipresença e onisciência, se humilhando até a condição de homem. Na condição de homem Ele realizaria a mais linda missão de resgate da história, pois como a escravidão e a morte chegaram até nós por um homem, também a libertação e a vida nos seriam conquistadas sem poderes divinos. Isso mesmo, Ele abriu mão de seus poderes por um espaço de tempo e na Terra suportou tudo como um mero homem. No dia de se entregar ficou tão nervoso que suou sangue. Ao ser preso suportou todo tipo de humilhação, arrancaram suas roupas, furaram sua cabeça com espinhos, cuspiram e esmurraram sua face até que chegou o momento de caminhar até o local da crucificação. Os levitas carregavam em seus ombros o peso de um símbolo do poder de Deus, mas Cristo, já humilhado, agredido e açoitado, carregava o símbolo de nossos pecados. Os pés feridos e descalços pisavam em pedras pontiagudas; os músculos faziam um esforço descomunal para manter-se de pé; as costas com feridas abertas pelas chicotadas eram ainda mais esfoladas pela rude madeira da cruz e sobre sua cabeça não havia uma nuvem para protegê-lo do sol. O Senhor dos Senhores estava sofrendo por amor. Suportando tudo por todos. Mas como estava em uma natureza humana Ele desmorona e cai. Seus joelhos acertam nas pedras que antes feriam os pés e as feridas das mãos que antes sofriam na madeira agora estão cheias de grãos da terra e a pesada cruz desaba sobre sua cabeça. Então acontece algo de espetacular. Alguém (mesmo que não entendesse dessa maneira) é honrado com a oportunidade de carregar a cruz de Cristo. Um tal Simão. Eu daria o meu braço direito para estar em seu lugar e tenho a certeza de que os levitas que carregavam a arca também dariam. Simão pega a cruz que maltratava a Cristo e coloca em seus ombros. Naquele momento Jesus era o centro das atenções, mas não era o assunto principal apenas na terra; todo o mundo espiritual estava atento ao que acontecia no caminho para o calvário. Todos os seres caídos que se perverteram no caminho de satanás e todos os anjos de Deus, com certeza pararam tudo para ver o ser mais poderoso do universo em sua linda missão de salvar a humanidade. E o que eles viram? Um homem, um certo Simão, que fazia um bem ao criador do universo. Em seguida a oportunidade de Simão chega ao fim e Cristo sofre ainda mais numa morte lenta e dolorosa projetada por mentes maquiavélicas e satânicas. Ao render seu Espírito, o véu se rasga e os cativos são libertos. Liberdade, vida e acesso direto a Ele.
Hoje em dia muitos sequer se esforçam. Ele disse: toma a tua cruz e siga-me. Quantos sentem as dores das cargas dessa vida, mas não suportam e se rendem. Os levitas não se renderam, Simão não se rendeu e Cristo foi até o fim por mim e por você. O senhor realizou uma dolorosa obra por nós e o que nós damos a Ele? Murmurações? Palavras duras? Demonstrações claras de insatisfação? Um dia os levitas chegaram à terra prometida e sua dor cessou. Simão chegou até onde lhe foi permitido e sua dor cessou. O próprio Cristo morreu, ressuscitou e seu momento de sofrer cessou. Para os que se deixaram vencer nessa vida existe um lugar onde a dor não cessa, mas aos que vencerem, aos que não largarem no chão a arca da aliança, aos que não abandonarem sua cruz, está reservado um lugar onde não haverá mais lágrima, nem dor, nem qualquer tipo de sofrimento. Não desista, prossiga. Não se entregue, resista. Pois Ele fez e faz por você muito mais do que você pode fazer por Ele. Derrame seu suor e sangue por um Deus que merece muito mais.

Que Deus abençoe a todos.






Texto: Devocional
Rodrigo Figueiredo
Presbítero da Assembléia de Deus em Campo Grande - RJ
Professor do Instituto Bíblico reverendo Carlos Malafaia
Segundo vice coordenador do dep. de adolescentes.



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